sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Segundo contato

Nossa segunda ida á campo ocorreu em um sábado, dia 3 de outubro, novamente na galeria do rock, apesar de os seguranças terem dito que neste dia ocorrem brigas entre as tribos.  Ao contrário da primeira vez que fomos, foi mais fácil encontrar grupos de Punks, pois havia muita gente e de praticamente todas as tribos que pudessemos imaginar.
Conseguimos entrevistar duas pessoas, um era um vendedor de uma loja de roupas que não fazia parte da tribo dos punks. Ele nos disse a sua impressão do movimento Punk, que para ele é diferente e radical. Nos disse também que não conhecia pessoalmente nenhum punk, pois eles são muito fechados em torno de sua tribo, e não se interessam em ninguém que não faça parte do mesmo grupo que eles. Para ele os punks são sim preconceituosos e violentos e nem sabem contra o que protestam, pois não aceitam ninguém que não concorde com sua ideologia. Porém, não conseguimos terminar a entrevista pois a loja estava muito cheia, e ele disse que não tinha mais tempo.


Depois disso ficamos bastante tempo procurando algum punk que estivesse sozinho e disposto a falar conosco.. O segundo entrevistado, um punk, se chamava João Claudio, mas que todos o chamavam de apenas pelo segundo nome. Ele nos disse que ainda se identificava com a ideologia dos Punks, mas que não era tão frequente ele ir em shows ou em festas. Quando perguntamos a situação do movimento hoje, ele disse que perdeu muita força por causa do preconceito e da mídia, mas que a ideologia punk e a música ainda estão vivas. Para ele o preconceito contra os punks é muito grande e vem aumentando, principalmente por causa das brigas com os skinheads, que pregam o preconceito e o conservadorismo. Muitas pessoas associam os punks com drogados e vagabundos, o que não é verdade. Também falou que o movimento hoje em dia é diferente do de antigamente, pois ao longo do tempo a ideologia foi perdendo a importancia para os punks.  Para ele os Punks de hoje se importam muito mais com o visual e o consumo do que com o questionamento da sociedade, e estão muito mais apáticos e violentos.

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